Assessoria de Imprensa – 25/10/2007
Cerca de 130 professores da rede municipal de ensino de Agudos se reuniram no dia 23 de outubro na FAAG para assistir a palestra “Colaboração e Educação Inclusiva”, ministrada pela professora Morgana de Fátima Agostini Martins, doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que leciona no curso de Pedagogia da faculdade.
Foram debatidos assuntos sobre medidas de adaptações curriculares, estratégias de trabalho e atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais e consultoria colaborativa. De acordo com Morgana, o encontro faz parte de uma iniciativa da FAAG que visa colaborar com a Prefeitura de Agudos na orientação e apoio ao corpo docente do município no trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais.
“Agudos já possui um professor itinerante, que trabalha com os 17 alunos diagnosticados e em situação de inclusão, matriculados na rede municipal, auxiliando também os professores. Nosso objetivo é dar suporte a eles, especificamente na formação continuada”, comenta Morgana.
Ela destaca que esse projeto, cujo desenvolvimento está começando a sair do papel, também tem o objetivo de detectar alunos deficientes que estejam na escola, mas não são considerados estudantes com necessidades especiais. “Tem muito aluno que é tido como preguiçoso ou retardatário na sala de aula, mas que, na verdade, possui algum tipo de necessidade diferenciada que o professor, por inexperiência ou falta de conhecimento, não consegue perceber. É nossa intenção também ajudar nessa constatação e posterior suporte”, pontua Morgana.
Ela ainda aponta que a principal deficiência dos professores na educação especial está na formação, que não é suficiente para que trabalhem de forma eficaz com os alunos. Somado a isso, a falta de suporte, isto é, de materiais pedagógicos e equipamentos especializados, também ajudam a dificultar a situação.
Morgana lembra que a inclusão deve contemplar a sociedade como um todo, e não apenas aos alunos tidos como deficientes. “Educação inclusiva não significa incluir apenas estudantes com necessidades especiais no ensino regular, mas também os negros, índios, crianças de rua, em situação de risco social e outros alunos que também sofrem a discriminação na hora de aprender. Todos têm direito à cidadania”, conclui a professora.
De acordo com ela outros encontros serão realizados para dar continuidade à discussão do tema.
Lucien Luiz