Assessoria de Imprensa – 04/09/2008
Se destacar num processo seletivo que oferece oportunidades de trabalho é uma tarefa que exige não só competência do candidato, mas, sobretudo, clareza e objetividade na hora de mostrar interesse através do currículo. Trata-se do cartão de visitas do candidato e, por isso, a impressão que deve ser passada é a melhor possível.
Sobre esse tema, a psicóloga Renata Caputo, pós-graduada em gestão de pessoas pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV) e analista de RH da VH Consultoria, de Bauru, ministrou palestra na abertura da 5.ª Semana de Administração da FAAG, na última segunda-feira, 3 de setembro.
Confira a seguir os principais trechos da entrevista concedida à assessoria de imprensa da faculdade.
Qual o currículo ideal?
Renata: É aquele que é claro e objetivo em todos os aspectos. Ele não precisa ser um calhamaço de papéis. Precisa possuir, fundamentalmente, os dados pessoais do candidato, como nome completo, idade, endereço, telefones para contato e email. Tem muita gente que esquece de colocar essas informações, que são essenciais. Em seguida, deve constar a formação acadêmica, inclusive com o nome da instituição de ensino e alguns dados informativos sobre ela.
É importante destacar os cursos feitos?
Renata: Sim. Mas apenas os três mais recentes em que a pessoa participou. Currículo muito longo não é aconselhável porque quem seleciona quer objetividade do candidato. Duas páginas são suficientes. Também é muito importante destacar as experiências profissionais, mencionando o cargo e a atividade desempenhada naquela empresa. O nome, telefone, endereço e outros dados sobre o local onde trabalhou também devem ser informados para que o consultor possa conseguir referências sobre o candidato. Tudo isso é muito importante.
E os objetivos, são necessários?
Renata: São extremamente importantes. É nesse quesito que o candidato vai expressar onde pretende atuar e o porquê escolheu determinada área.
É recomendável ressaltar a pretensão salarial?
Renata: O ideal é optar pelo “a combinar”, mas ninguém seria prejudicado por sugerir um valor. Mas, para isso, é preciso estar por dentro do mercado, pesquisando os pisos salariais dos cargos pretendidos.
Durante a entrevista com o consultor de recursos humanos, como se comportar?
Renata: Da maneira mais tranqüila possível, mas sem exageros. Como se trata do primeiro contato, a aparência pessoal conta muito. É recomendável se vestir adequadamente. Não há problema algum, quando se tem dúvida, perguntar que tipo de vestimenta o ambiente pede. Caso não seja um local que exija um traje mais formal, opte pelo social-esporte.
E a conversa com o entrevistador, como deve ser?
Renata: O candidato deve se limitar a responder o que o entrevistador perguntar, deixando claro suas competências profissionais. Também é necessário ficar atento à pontualidade. Chegar ao local marcado para a entrevista com dez minutos de antecedência é o ideal.
Lucien Luiz