Home Notícias Mercado sofre com a falta de profissionais
A 3.ª edição da Pesquisa Perfil do Profissional de Logística, realizada pelo departamento de academia da Associação Brasileira de Logística (Abralog), aponta que o profissional de logística vem ganhando espaço no mercado graças ànecessidade das empresas em aumentar a competitividade. O déficit de profissionais qualificados atinge outras áreas também.
Para chegar aos resultados foram entrevistados 1.153 pessoas, três vezes mais do que nas edições de 2010 e de 2011. Entre elas, 63% trabalham no Estado de São Paulo, e o restante está distribuído pelos Estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, da Bahia, de Pernambuco, do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
A pesquisa indica que 43% dos profissionais de logística têm ensino superior, 39% pós-graduação e 4% doutorado. Entre os principais cursos estão: logística, com 61%; administração, com 22%; e engenharia, com 10%. Entre os entrevistados, em torno de 30% atuam na área há mais de 10 anos e 16% a menos de um. A maior parcela, 24% deles, recebe salários entre R$ 3 mil e R$ 6 mil por mês, enquanto 7% recebem entre R$ 12 mil e R$ 24 mil. O restante está na faixa de R$ 6 mil a R$ 12 mil mensais.
As atribuições mais comuns dos profissionais de logística são relacionadas a transporte, armazenagem e gestão de materiais. Porém, novas tendências estão surgindo, como o trabalho no serviço de atendimento ao cliente, já que o profissional entende bem todo o funcionamento da empresa, no planejamento de demanda e de compras.
Entre as empresas, 43% são do setor de serviços, 32% da indústria, 18% de comércio e 7% de educação. Para completar o perfil do profissional, foi constatado que quase 60% são homens, as idades variam de 18 a 33 anos.
Nas cidades da região, onde estão instaladas empresas de grande porte, a ‘importação’ de profissionais é uma prática constante. Executivos e profissionais específicos para determinadas área chegam de municípios vizinhos, da Capital e até de outros Estados.
Na cidade de Pederneiras, empresas multinacionais ‘importam’ executivos que estão movimentando o setor habitacional. Condomínios fechados de alto padrão e apartamentos estão sendo ocupados por funcionários das empresas que chegam sozinhos para trabalhar. Mas depois de um tempo acabam fixando residência.
Para o prefeito de Pederneiras, Daniel Camargo, o momento é de oferecer qualificação. “As necessidades das empresas nos move a fazer parcerias com Sest/Senac, Senai etc. É mão de específica para o tipo de atividade desenvolvida.”
Em Agudos, as grandes empresas necessitam de mão de obra para escoar a produção. O profissional de Logística é disputado e em função disso a prefeitura está oferecendo o curso técnico e a FAAG, o de nível superior.
Na cidade de Lençóis Paulista são oferecidos vários cursos de nível técnico para profissionalizar a mão de obra, graças a uma parceria com o Senai, Sebrae e Etec. Mesmo assim há ‘importação’ de profissionais para ocupar o alto escalão das grandes empresas. O reflexo da chegada dos chamados executivos é visível no trânsito. A frota praticamente duplicou e uma boa parte dos carros são de luxo.
Rita de Cássia Cornélio – Jornal da Cidade
Fonte: Jornal da Cidade (Bauru)