O mês de dezembro marca o início de uma grande mobilização mundial de prevenção ao vírus HIV, transmissor da Aids. Batizada de Dezembro Vermelho, a ação tem o objetivo de chamar atenção para as medidas de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas vivendo com HIV. A escolha do mês foi em razão do Dia Mundial contra a Aids, celebrado no mundo inteiro em 1º de dezembro.
A agenda de atividades prevê inúmeras ações, como a iluminação de prédios públicos de vermelho.

A chegada do Dezembro Vermelho é muito importante para ressaltar o papel fundamental da prevenção da doença. A última edição do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, divulgada pelo Ministério da Saúde, indica que a taxa de detecção de casos da doença foi de 18,5 casos por 100 mil habitantes. Já no caso da mortalidade, observa-se uma queda de 7,2%, a partir de 2014.

Entretanto, nem tudo são boas notícias. Entre homens, a incidência segue crescendo, sendo que quase triplicou a taxa de detecção na população masculina jovem, de 15 e 19 anos, entre 2006 e 2016. Também houve crescimento em mulheres acima dos 60 anos: passou de 5,6 para 6,4 casos por 100 mil habitantes. No caso dos idosos, o hábito de usar camisinha é pouco difundido, o que amplia os riscos desse segmento da população, na medida em que a vida sexual de pessoas acima dos 60 anos está cada vez mais ativa.

O momento é de reforçar a importância do sexo seguro, sempre com camisinha, e do teste de Aids, que possibilita um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz, além de um comportamento socialmente mais responsável.