A área industrial está voltando a recrutar engenheiros e técnicos, depois de anos em marcha lenta. A partir de 2015, as áreas industriais foram muito afetadas, com menos projetos e menos vendas a queda no número de posições foi grande. Três anos depois, os sinais de crescimento nas contratações de engenheiros vêm dos setores automotivo e químico.
A indústria automotiva está retomando e há toda uma cadeia de fornecedores que tem o mercado movimentado por ela. A área química, uma das últimas a sofrer com a crise, também retoma com mais força por ser base para boa parte das indústrias, aponta a Consultoria Page Personnel.
O maior volume de contratações é na região Sudeste e o mercado automotivo e de metais no Estado de Minas Gerais, com um polo de demanda por engenheiros. Região de Recife (PE) e a indústria de base no Sul do Brasil também têm tido mais contratações.
Confira os engenheiros mais buscados pela Page Personnel em 2018 e que devem continuar em alta pelos próximos 3 a 6 meses:
Engenheiro de Produção
O que faz: dedica-se ao gerenciamento dos recursos humanos, financeiros e materiais envolvidos na produção de bens e serviços.
Perfil: formação em engenharia com conhecimentos de administração e economia
Salário: de 8 mil a 10 mil reais.
Por que está em alta: há escassez de mão de obra nesta área da engenharia para atender as necessidades do mercado.
Engenheiro de Projetos
O que faz: coordena todas as etapas de um projeto, desde a concepção à implementação. Profissional multidisciplinar que atua com as mais diversas áreas da empresa.
Perfil: formação em engenharia e/ou especializações em gestão de projetos.
Salário: de 8 mil a 10 mil reais.
Por que está em alta: a retomada de investimentos e de mercado, faz com que as empresas voltem a investir em grandes projetos.
Engenheiro de Aplicação
O que faz: é o “braço” técnico do executivo de vendas porque é especialista no que diz respeito aos produtos e/ou serviços ofertados. O suporte do engenheiro de aplicação é em todas as etapas: negociação, apresentação e definição da proposta.
Perfil: formação em engenharia, nas mais diferentes áreas.
Salário: de 8 mil a 12 mil reais.
Por que está em alta: a retomada de produção e vendas na indústria faz com que empresas busquem esses perfis com o objetivo de conquistar novos clientes e projetos.
Engenheiro de Manutenção
O que faz: toda a programação de manutenção preventiva e corretiva. Controles de KPIs e gestão com o time de produção para o melhor funcionamento das máquinas e toda linha de produção.
Perfil: formação em engenharia com foco nas habilitações: elétrica, mecânica, automação e mecatrônica.
Salário: de 8 mil a 10 mil reais.
Por que está em alta: é um profissional que foi mais procurado com a crise já que as linhas de produção, em queda de produtividade, estavam livres para manutenção de rotina. A redução na aquisição de novas máquinas também exige melhor gestão do parque fabril.
Engenheiro Químico
O que faz: combina conhecimentos de química, biologia, física, computação e matemática para projetar, construir e operar plantas químicas de matérias-primas em produtos finais por meio de processos químicos.
Salário: de 8 mil a 12 mil reais.
Motivo para alta em 2018: retomada da produção coloca novamente esse perfil no radar da indústria.
Engenheiro de Segurança Contra Incêndio e Pânico
O que faz: habilita empresas, indústrias, condomínios para que possam gerenciar, projetar, bem como atuar em situações que envolvam sistemas preventivos contra incêndio e pânico.
Perfil: formação em engenharia e/ou especializações em segurança do trabalho.
Salário: de 8 mil a 10 mil reais.
Por que está em alta: os últimos eventos com incêndios nos EUA, Brasil e Londres levantaram uma atenção especial para esse assunto. O trabalho bem feito de um engenheiro de segurança pode trazer redução significativa no preço de seguro.
Carreira a longo prazo
A versatilidade do profissional formado em engenharia faz com que suas possibilidades de carreira ultrapassem a fronteira da sua habilitação específica. O engenheiro é um profissional que cabe em outros segmentos de mercado. Bancos e consultorias são alguns dos setores de fora da engenharia que mais contratam os engenheiros. E é a formação acadêmica o que dá a eles um diferencial competitivo em várias áreas do mercado de trabalho.
O curso de engenharia, por ser muito exigente, desenvolve uma capacidade analítica e habilidade para solução de problemas. A formação ampla dá fôlego aos engenheiros para que possam buscar outras formas de trabalho para além do emprego típico, sem ficar à mercê de ondas do mercado. A capacidade de empreender e de inovar são características essencial ao novo perfil da profissão.
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