Conquistar estabilidade e reconhecimento na carreira requer muito esforço e assertividade na hora de aperfeiçoar o conhecimento. Cursos de extensão, como as pós-graduações, são diferenciais vantajosos no concorrido mercado atual, em que o trabalhador precisa ser cada vez mais multifuncional e dominar com profundidade sua vocação profissional. Para quem já atingiu este patamar, partir para programas de mestrado ou doutorado é um investimento que garante um currículo ainda mais rico e atraente. É possível aproveitar mais oportunidades de trabalho, além de espantar o perigo da estagnação.

“O mestrado e o doutorado levam o profissional a um outro nível dentro do mercado, mesmo as duas titulações sendo mais reconhecidas no ambiente acadêmico e de pesquisa. Ambos potencializam significativamente o currículo, pois agregam amplos conhecimentos, favorecendo drasticamente a empregabilidade”, destaca Claudio Garbi, coordenador de pós-graduação na FAAG (Faculdade de Agudos) e professor na FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Ampliar conhecimento e se especializar mais profundamente na área de atuação são os maiores ganhos que uma tese de mestrado tem a oferecer. Mas, quando um profissional deve se tornar um mestrando? “Depois que se tenham alguns conceitos técnicos bem enraizados em sua formação. Com um pouco de experiência adquirida, certamente o candidato terá maior aproveitamento, uma vez que enxergará a aplicabilidade de seus estudos na prática”, acrescenta Garbi.

O mercado de trabalho também fica de olho em profissionais com mestrado e doutorado, especialmente pelo conhecimento mais aprofundado que eles oferecem em áreas específicas. A professora Fernanda Gordono, que leciona na Faculdade de Agudos, é mestre em engenharia de produção pela Unesp Bauru, além de ter três pós-graduações no currículo. Segundo ela, o título possibilita se tornar um profissional disputado. “Vale muito a pena todo o esforço e dedicação que o mestrado exige. Abrem-se muitas portas. Além do respeito no meio acadêmico, dificilmente um profissional mestre fica desempregado. As instituições sérias estão sempre de olho”, pontua.

Em muitos casos, estar pelo menos cursando mestrado ou doutorado é pré-requisito para disputar uma vaga de emprego. A advogada e consultora Ana Sylvia Castiglia está começando a desenvolver sua tese de mestrado agora. Ela quer aproveitar uma oportunidade de emprego fora do Brasil.

\”Recebi uma proposta de trabalho para atuar fora do país e o mestrado será fundamental em meu currículo e no meu dia a dia profissional”, explica. Ana Sylvia está cursando o mestrado na Faculdade de Agudos e fará a defesa da tese em Portugal, onde a instituição tem parceria com a Universidade Fernando Pessoa.

Na prática, as aulas são assistidas na FAAG e a defesa da dissertação ou tese é feita em Portugal. A parceria garante aos estudantes um diploma internacional, reconhecido em toda a Europa, África, Ásia e Estados Unidos por meio do Acordo de Bolonha. Trata-se de um documento assinado pelos ministros da Educação de países europeus e dos continentes africano, asiático e dos Estados Unidos, na cidade de Bolonha, na Itália, que valida os títulos adquiridos em instituições de ensino superior da Europa.

Os alunos da FAAG podem aproveitar os módulos que cursaram na pós-graduação para obter o título de mestre ou doutor na universidade portuguesa. É necessário cursar mais quatro disciplinas, ministradas por professores da Universidade Fernando Pessoa, e elaborar uma dissertação ou tese. Os trabalhos podem ser feitos nas áreas de educação, gestão, engenharia ou saúde.