19/11/2011 – Assessoria de imprensa 

A oportunidade é agora para quem busca se tornar um empreendedor. Este foi o assunto da pauta do 1º Encontro Estadão PME, promovido pelo Grupo Estado, neste mês de novembro. O diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, José Luiz Rossi Júnior, Ph.D. em economia pela universidade norte-americana de Yale, e Caio Megale, integrante da equipe econômica do banco Itaú BBA, participaram da discussão, debatendo sobre o cenário econômico para o próximo ano das empresas de pequeno porte.

Os três especialistas concordam que o momento é o oportuno para empreender. “Se olharmos o cenário da economia há 20 anos, sem dúvida este é um bom momento. De toda forma, há aspectos conjunturais e estruturais a serem melhorados, como o fato de o Brasil ter uma das taxas de juros mais altas do mundo, o câmbio estar desfavorável e o nível de educação ser baixo”, destacou Bruno Caetano. Além desses aspectos, ele destacou o fato de o País ter uma das bandas largas de internet mais caras do mundo e a alta carga tributária. “Ainda há muitos desafios para vencermos. Mas, sim, é um bom momento para o empreendedor”, ressaltou Caetano.

Para José Luiz Rossi Júnior, do Insper, as empresas precisam ter cuidado com os endividamentos e pensar antes de adquirir um bem de curto prazo que coloque em risco a estabilidade adquirida.

Crise internacional

O temor de a crise vivida por países da zona do euro e pelos Estados Unidos atingir o País existe e os especialistas acreditam que ela virá. “Há uma onda de muita incerteza e esta crise pode nos levar a um cenário de desconfiança do crédito, como em 2008. Embora não seja o cenário mais provável, ele é plausível. E se a crise for séria como em 2008, não tem marolinha. O mundo será afetado e o Brasil também”, aposta Caio Megale, do Banco Itaú BBA.

O professor do Insper acredita que a crise, ao atingir o Brasil, será passageira, e que não é necessário mudar planos já traçados. “O Brasil será afetado, a dúvida é qual será o impacto. De toda forma, não é necessário cancelar planos de investimentos e de consumo da família”, disse.

Para o superintendente do Sebrae-SP, o impacto nas micro e pequenas empresas dependerá de seu planejamento. “As empresas de pequeno porte são impulsionadas pelo consumo interno. Por isso, enquanto não observarmos uma redução no nível de empregos, a expectativa é que o faturamento das MPEs seja mantido. Entretanto, não há atalho para escapar da crise. O empreendedor precisa se preparar, investir em planejamento, gestão e inovação”, orientou.

Caetano citou ainda os investimentos nas MPEs da ordem de R$ 142 bilhões, que virão por conta dos jogos olímpicos e da Copa do Mundo, como oportunidades para empreendedores. “A Copa do Mundo vai gerar 900 oportunidades de negócios para as empresas de pequeno porte em todo o País. Aquelas que aproveitarem essas chances com planejamento, e nós vamos batalhar muito por isso, ficarão com o legado deixado pelo evento”.

Da Agência Sebrae de Notícias