29/6/2011 – Assessoria de imprensa
Autismo foi o tema da terceira noite de palestras da Jornada Pedagógica 2011 da FAAG. Nesta quarta-feira, 29 de junho, a professora Salete Monteiro Afonso, que leciona as disciplinas relacionadas àPsicologia da Educação no curso de Pedagogia da faculdade, falou sobre as principais caracterÃÂsticas do aluno com essa deficiência e o papel do professor frente essa realidade.
“As dificuldades do educador dentro de sala de aula podem ser muitas se ele não estiver preparado para lidar com autistas. Por isso, ele tem que entender as condições dessa criança para poder ensinarâ€Â, ressalta.
Salete concedeu entrevista àassessoria de imprensa da FAAG. Confira os principais trechos.
Qual o papel do professor que leciona para uma criança autista?
Salete: Na verdade, estamos falando num momento histórico de inclusão, portanto, toda criança, em qualquer condição, deve estar em sala de aula. Dessa forma, o papel do professor é importantÃÂssimo. Ele precisa conhecer, além das técnicas de ensino e aprendizagem, as condições do aluno deficiente. Porque é conhecendo essa condição que ele vai descobrir que canal de comunicação usar para levar o conhecimento até esse aluno.
Incluir significa colocar o aluno deficiente na mesma sala de aula que as crianças que não têm deficiência?
Salete: Anos atrás, bastava o aluno especial estar junto a outros sem deficiência. Hoje, sabemos que incluir é estar no espaço, ter acesso àescola e permanecer nela com qualidade.
Então, muito mais que se socializar, o aluno precisa, sobretudo, aprender?
Salete: Sim. É claro que cada um vai ter seus limites, suas habilidades e dificuldades. Tudo isso precisa ser avaliado. Escola serve sim para socializar, mas a função maior é o aprendizado. Essa criança com autismo ou outra deficiência tem que entrar na escola de um jeito e sair necessariamente de outro, com uma bagagem maior e melhor para a sua vida.
Lucien Luiz