Departamento de Marketing – 29/06/2007 Os alunos da FAAG que quiserem consultar suas notas podem acessar o site da faculdade e através do seu codigo de matricula poderam obter diversas informações. Está disponivel desde o último dia 25 um portal que disponibiliza diversas informações para os alunos da FAAG. Como parte da politica de melhorias que estão sendo oferecidas aos alunos da FAAG, a faculdade implantou uma área onde seu aluno poderá consultar notas, faltas, avisos, horário de aulas, reserva de livros na biblioteca e materias para download. Novas funcionalidades estarão disponíveis em breve. André Cortucci Modo de Acesso Para acessar sua área clique no botão ALUNOS localizado no canto superior direito do site da faculdade, será necessário entrar com seu número de matrícula (RA), sem traço e com dígito verificador e com uma senha que para o primeiro acesso será o número do seu CPF, no seguinte formato: XXX.XXX.XXX-XX (com pontos e traço). Após acessar sua área, será solicitado que você altere sua senha e em seguida você poderá fazer suas consultas. Qualquer dúvida favor entrar em contato na secretaria acadêmica da faculdade através do telefone (14) 3262-9400, com Ellen ou Cassia.
Brinquedoteca da FAAG atende mais de 200 crianças
Assessoria de Imprensa – 29/06/2007 Educação a serviço da cidadania. Esse é um dos objetivos do projeto “Brinquedoteca”, desenvolvido pela Faculdade de Agudos (FAAG), que atende hoje, mais de 200 crianças. Incentivar a pesquisa e a extensão na área de pedagogia também estão na pauta da proposta, segundo a coordenadora Eliane Aparecida Zulian Delázari. “Trata-se de um projeto que prepara nossas alunas para atuar mais perto da realidade nas escolas, além de auxiliar os professores das creches no aprendizado das crianças. Os benefícios são mútuos”, comenta Eliane. A Brinquedoteca da FAAG contempla crianças de 3 a 5 anos de idade, às segundas, terças, quartas e sextas-feiras, nos períodos da manhã e tarde. Os alunos participam de atividades pedagógicas multidisciplinares. Viram personagens de teatro com base nos personagens da gibiteca, viajam no mundo da leitura, brincam no salão de beleza. Todos esses processos são orientados pela coordenadora Eliane e acompanhados por alunas-monitoras do curso de pedagogia da FAAG e pelas professoras das creches onde as crianças estão matriculadas. O projeto começou a ser elaborado em outubro de 2006 e entrou em prática em março deste ano. Apesar do curto espaço de tempo de andamento, os resultados já começaram a aparecer. “De acordo com pesquisa realizada, 78% dos professores das creches já perceberam avanço no desenvolvimento cognitivo, afetivo e emocional do alunos. Além disso, 68% desses docentes consideram a Brinquedoteca um auxílio pedagógico que enriquece suas aulas no dia-a-dia”, destaca a coordenadora do projeto. Lucien Luiz
Semestre encerra com avaliação positiva
Assessoria de Imprensa – 25/06/2007 As aulas do primeiro semestre de 2007 terminam com desempenho positivo na opinião do corpo docente da Faculdade de Agudos (FAAG). Para os professores, o período foi muito proveitoso, principalmente do ponto de vista pedagógico. Os investimentos, impulsionados pela parceria com o empresário Nelson Paschoalotto – que se tornou sócio-mantenedor da instituição em novembro de 2006 – elevou o índice de qualidade no ensino e evidenciou a FAAG no meio acadêmico. "A faculdade se firmou entre as melhores da região, principalmente em termos de infra-estrutura e conteúdo pedagógico. As mudanças no corpo docente também foram importantes para a melhoria da qualidade do ensino", avalia Juliana Araújo, coordenadora do curso de pedagogia da FAAG. Avaliação semelhante faz o professor Sidnei Dalberto Bento, que coordena o curso de administração. "Foi um semestre altamente positivo. A nova parceria (com o empresário Nelson Paschoalotto) gerou maior credibilidade, tanto entre os alunos quanto na sociedade. Além disso, os professores ficaram mais motivados e os alunos passaram a participar mais das atividades acadêmicas", completa. Os resultados dos primeiros seis meses deste ano também foram expressivos para o curso de turismo, que obteve o primeiro lugar do Estado de São Paulo no conceito qualidade do Exame Nacional de Avaliação de Estudantes (Enade). "Considero um semestre bem produtivo. Com a parceria nova, os professores continuaram com a mesma autonomia e puderam sentir melhorias em todos os aspectos acadêmicos. Somado a tudo isso, tivemos o excelente desempenho do nosso curso de turismo no Enade", ressalta Maria Daniela Trujilho, que coordena o curso na FAAG. As aulas recomeçam dia 1 de agosto para os alunos veteranos e dia 6 para os estudantes que forem aprovados no processo seletivo de meio de ano, cuja prova está marcada para 22 de julho. Lucien Luiz
Projeto Mãos que Falam se apresenta em Barra Bonita
Assessoria de Imprensa – 24/07/2007 A Faculdade de Agudos (FAAG) marcou presença em Barra Bonita com as crianças do projeto “Mãos que Falam”. O grupo, coordenado pelo professor Fábio Sanpietro, se apresentou na 9.ª Mostra de Dança do município, realizada dia 23 de junho no teatro Prof.ª Zita De Marchi. As nove meninas que fazem parte do projeto dançaram a coreografia “Sentimentos”, ao som da música “Se eu não te amasse tanto assim”, de Ivete Sangalo. “A apresentação foi muito satisfatória, por se tratar da nossa primeira participação num festival de danças. As meninas foram perfeitas”, comenta, empolgado, o professor do grupo. O projeto “Mãos que Falam” atende crianças de Agudos com deficiência auditiva. Elas são assistidas com atividades pedagógicas e culturais. Lucien Luiz Integrantes do Projeto Mão que Falam que se apresentaram em Barra Bonita: apresentação rendeu convite para possivel apresentação no exterior.
Luto
Agudos – 22/06/2007 – Faculdade de Agudos A FAAG presta seu votos de pesar em homenagem ao aluno João Henrique de Lourenço falecido na noite do dia 21/06/2007. Em função do falecimento de seu aluno a FAAG comunica que a Festa Junina programada para o dia 23 não mais será realizada nesta data. O evento foi adiado para o dia 30/06 (sábado seguinte). FAAG – Faculdade de Agudos
Turismo da FAAG é o melhor do Estado
Assessoria de Imprensa – 18/06/2007 Resultado é referente ao Enade 2006, que avaliou outros 102 cursos em todo o País Os alunos de turismo da Faculdade de Agudos (FAAG) têm motivos de sobra para comemorar. O curso garantiu o primeiro lugar do Estado de São Paulo no conceito qualidade do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). O resultado foi obtido entre 103 cursos avaliados no Estado, em novembro do ano passado, e só foi divulgado neste mês. Os universitários da FAAG tiveram 61% de acertos na média geral, um desempenho 12% superior ao alcançado pelo segundo curso melhor classificado, da cidade de Americana. Ficou à frente ainda de instituição renomadas, inclusive de Bauru e da Capital. Para a coordenadora de turismo da faculdade, Maria Daniela Trugilho, o resultado do Enade é reflexo, principalmente, do alto nível de competência do corpo docente, assim como do comprometimento dos alunos. “A responsabilidade dos professores e o interesse dos estudantes contaram muito.”, avalia. Hoje, todos os professores de turismo da FAAG têm bacharelado na área. A maioria está se especializando, seja através de pós-graduação ou mestrado. É mais um diferencial que pode ter contribuído com o sucesso no Enade. Na opinião do professor Ricardo Brighenti Antonio, que leciona a disciplina de agência de viagens aos alunos do curso, a classificação conquistada no exame nacional reflete o comprometimento da instituição com a qualidade do serviço que oferece. “Demonstra que a faculdade investe bastante no conhecimento dos alunos e leva a sério o plano pedagógico”, completa. Para quem enfrentou a prova, o resultado alivia a tensão da expectativa e confirma o potencial pedagógico da faculdade. “Valoriza o estudante e representa o investimento na qualidade do curso de turismo. Ganhamos em formação, em respeito no mercado”, considera o aluno Cléber Augusto Padial da Silva. Na avaliação da coordenadora Daniela, o curso evoluirá ainda mais dentro dos próximos semestres, quando os universitários começarão a desenvolver os projetos de conclusão do curso em empresas e prefeituras de Agudos e região. Estrutura Os 900 alunos que hoje estudam na FAAG têm a disposição uma estrutura equivalente a de universidades consolidadas no Estado de São Paulo. São dois laboratórios de informática com cerca de 80 computadores, todos conectados à Internet. A biblioteca reúne um acervo de 4.673 obras, além de três terminais de consulta e mobília adequada para pesquisa, leitura e desenvolvimento de projetos. Os 2.200 metros quadrados de área construída contemplam espaço para 13 salas de aula, sendo a maior com capacidade para 120 estudantes. Mais de 20% dos 35 professores que formam o corpo-docente da instituição têm mestrado e doutorado, conforme exige o MEC. Além do curso de turismo, a FAAG oferece graduação em administração e pedagogia. Na área de pós-graduação, possui na grade os cursos de educação especial, ensino do direito e direito tributário bancário. Para completar extensão em telemarketing e intérprete de línguas. A FAAG iniciou suas atividades em Agudos em 2001. Lucien Luiz
Sábado tem Festa junina na FAAG
A Faculdade de Agudos (FAAG) promove no próximo dia 23 sua primeira festa junina. O evento está programado para começar às 19h, com muita comida e bebida típicas. Na oportunidade, haverá apresentação da quadrilha da terceira idade de Agudos. Também estão confirmados a banda de forró “Vem Vê”, um grupo de professores especializados no ritmo, além de um DJ. Toda a estrutura da festa será montada no estacionamento da faculdade e a entrada trocada por um quilo de alimento não perecível ou um agasalho. “Contamos com a participação de todos os alunos, assim como de visitantes de Agudos e Bauru. Nosso objetivo é oferecer um momento de lazer aos universitários e incentivar a interatividade entre a faculdade e a sociedade”, comenta Cacilda Corrêa Bragiato, integrante da comissão organizadora do evento. A festa é promovida pelos centros acadêmicos de administração e pedagogia, cuja renda será revertida aos fundos de formatura dos dois cursos e aos projetos acadêmicos desenvolvidos na FAAG. Mais informações sobre a festa podem ser adquiridas pelo telefone (14) 3262.9400.
Jornada Pedagógica debate Educação Inclusiva
Assessoria de Imprensa – 11/06/2007 O deficiente na sala de aula foi a pauta da II Jornada Pedagógica da FAAG (Faculdade de Agudos), realizada entre 4 e 6 de junho. O evento reuniu educadores e pesquisadores renomados na área de educação inclusiva, que levantaram debates ainda polêmicos sobre o assunto. A necessidade de investimentos do governo na área, o despreparo do professor para lidar com o aluno deficiente na sala de aula e a falta de estrutura das escolas para receber esses estudantes foram os principais aspectos colocados em questão. No primeiro dia da jornada, o professor-doutor Eduardo José Manzini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília, defendeu investimentos no projeto. “Isso é extremamente necessário porque é preciso adequar o ambiente escolar, assim como os professores têm de se preparar”, comentou. Na mesma linha de pensamento, a professora-doutora Emília Freitas de Lima, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), destacou que a educação inclusiva depende de um conjunto de fatores, mas principalmente de uma adaptação e reorganização do atual cenário educacional do País. “A presença desses alunos (deficientes) em classes regulares, sem as condições necessárias, vai provocar uma exclusão efetiva. Portanto, é um assunto controvertido, tanto do ponto de vista da existência desse fenômeno nas escolas, quanto no quesito de como orientar a formação dos profissionais para lidar com os estudantes especiais”. Na opinião de Lima, os esforços do governo para efetivar a educação inclusiva ainda são tímidos e tendem a transferir toda a responsabilidade aos educadores. “São medidas precárias, dando a idéia de que toda a questão se resolve só com a atuação dos professores. É mais uma responsabilidade que os docentes adquirem, sem a contrapartida nas condições, nem de carreira, nem de salário, nem de estrutura”, acrescenta. A jornada também teve espaço para tratar do preconceito contra o deficiente, inclusive em âmbito escolar. A pedagoga Jussara Gonçalves do Carmo Berno, palestrante do segundo dia do evento, lembrou que atualmente, os termos usados para denominar os deficientes, na maioria das vezes, são carregados de preconceito, reforçando as dificuldades de inclusão social que essas pessoas enfrentam no decorrer da vida. Ela disse que a situação é muito comum também nas escolas. “A faculdade não preparou adequadamente os docentes. Até alguns anos atrás, o universitário de pedagogia concluía a faculdade com aptidão para trabalhar com o aluno sem nenhum tipo de deficiência ou necessidade especial. Educação inclusiva não entrava na grade curricular. Está entrando agora, mas ainda em poucas instituições de ensino superior.” Os assuntos debatidos na jornada atraíram centenas de participantes durante os três dias de evento, entre estudantes de pedagogia, professores e pesquisadores da área. Missão cumprida A II Jornada Pedagógica da FAAG contribuiu significativamente com a formação dos alunos de pedagogia, que puderam atualizar seus conhecimentos sobre educação inclusiva, tema do simpósio. “Esse evento veio num momento positivo, porque a grade do curso de pedagogia da FAAG foi alterada. Além da faculdade já se preocupar com as áreas de deficiência mental e auditiva, a partir do semestre que vem teremos as disciplinas de deficiência visual e necessidades físicas”, comentou Juliana Araújo, organizadora da jornada e coordenadora do curso de pedagogia da FAAG. “Contudo, os assuntos debatidos pelos palestrantes são extremamente atuais e relevantes no cenário educacional do Brasil. Vão contribuir muito para a vida profissional dos nossos alunos”, completou. Na opinião da mantenedora da faculdade, Márcia Regina Vazzoler, a jornada atingiu a expectativa. “Os objetivos foram cumpridos. O evento, mais uma vez, foi de grande valia para os alunos, que tiveram a chance de participar de discussões importantes sobre um tema (educação inclusiva) que está na pauta da educação brasileira”, completou. Durante os três dias da Jornada Pedagógica, os participantes puderam conferir apresentações culturais, como o Coral de Libras, performances de danças e capoeira, além de um teatro de fantoche com profissionais da Sorri, de Bauru. Lucien Luiz
Educação inclusiva pode gerar efeito contrário
Assessoria de Imprensa – 07/06/2007 Os esforços para a viabilização da educação inclusiva no Brasil têm de contemplar, fundamentalmente, a infra-estrutura do meio escolar. Caso contrário, o resultado pode ser inverso. É o que avalia a professora-doutora Emília Freitas de Lima, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Em sua palestra, ministrada no terceiro dia da II Jornada Pedagógica da FAAG, ela destacou que a inclusão dos alunos deficientes depende de um conjunto de fatores, mas principalmente de uma adaptação e reorganização do atual cenário educacional do País. “A presença desses alunos (deficientes) em classes regulares, sem as condições necessárias, vai provocar uma exclusão efetiva, ou seja, um efeito contrário ao qual se espera”, ressalta. Para ela, os projetos do governo para efetivar a educação inclusiva ainda são tímidos e tendem a transferir toda a responsabilidade aos educadores. “São medidas precárias, dando a idéia de que toda a questão se resolve só com a atuação dos professores. É mais uma responsabilidade que os docentes adquirem, sem a contrapartida nas condições, nem de carreira, nem de salário, nem de estrutura”, acrescenta. A professora concedeu entrevista à assessoria de imprensa da FAAG. Confira algumas partes. Na sua opinião, por que a educação inclusiva é relevante e controvertida? Emília Freitas: Ela é relevante porque não existe educação que não seja inclusiva ao meu ver. Se a educação não for inclusiva, para mim, não é educação. E é controvertida porque não se tem receita de como fazer para que ela seja colocada em prática sem dúvidas. Outro ponto dessa controversa é que existem profissionais que defendem a inclusão de alunos deficientes em classes regulares e outros que entendem que não, necessariamente, essa inclusão deva acontecer, mas por conta da falta de condições adequadas ao funcionamento. A presença desses alunos (deficientes) em classes regulares, sem as condições necessárias, vai provocar não uma inclusão, mas uma exclusão efetiva. Portanto, trata-se de um assunto controvertido, tanto do ponto de vista da existência desse fenômeno nas escolas quanto de como orientar a formação dos profissionais para lidar com esses alunos deficientes. Como a senhora analisa as políticas públicas em prol a esse projeto? Emília Freitas: Muito precárias. Elas dão a idéia de que toda questão se resolve apenas com a atuação dos professores. É mais uma responsabilidade que os docentes adquirem sem a contrapartida nas condições, nem de carreira, salário e de adequação da infra-estrutura escolar. A parte que competiria ao governo fazer, ele não faz, mas passa a responsabilidade aos professores. A senhora acredita que não é possível tratar de educação inclusiva dentro dos quatro anos de duração do curso de pedagogia. Emília Freitas: É verdade. Se for para lidar com necessidades educacionais especiais e específicas, a formação inicial não dá conta de resolver. É algo que tem de ser completado ao longo da carreira, com formação continuada e profissionais auxiliares aos professores das classes regulares. A senhora defende muito a atitude inclusiva do professor. O quê quer dizer com isso? Emília Freitas: A atitude inclusiva a que eu me refiro tem a ver com a aposta que os professores têm de fazer de que todos os alunos podem e devem aprender, que eles têm condições de aprender. Hoje, os professores fazem essa aposta? Emília Freitas: Acredito que não. Porque se fizessem, realmente a história da educação inclusiva seria outra. Em geral, isso não acontece. A senhora acredita que os professores estão interessados em saber sobre educação inclusiva? Emília Freitas: Não sei se os professores estão interessados no assunto para lidar com o deficiente em sala de aula. Sei que eles estão muito assustados. E isso é um sinal de quê? Emília Freitas: De que eles não estão sentindo amparo e apoio nessa tarefa que é tão difícil e complicada. Eles estão se sentindo sozinhos, sem as necessárias capacitação e condição para isso. Qual aspecto que o governo deveria contemplar fundamentalmente para que a educação inclusiva possa se efetivar na educação brasileira? Emília Freitas: Do ponto de vista do ensino em si, deixando de lado as condições materiais da escola, não se faz educação inclusiva sem gastar dinheiro. E gastar dinheiro implica ter pessoal especializado. Em vista do cenário de falência que se encontra a educação brasileira, o que faz a senhora acreditar na efetivação da inclusão? Emília Freitas: Acredito que se não houver esperança, melhor a gente cruzar os braços. Em segundo lugar, vejo que essa tal falência, tão proclamada, é mais uma arma para não investir. A senhora acredita que o professor tem preconceito contra o deficiente? Emília Freitas: Acredito, mas não só contra os deficientes, mas contra todos os alunos que saiam de um padrão constituído e instituído. E esse padrão corresponde ao aluno que é rápido, branco, inteligente, quieto, de boa família, de classe média, limpo, bem arrumadinho, bem vestido. Fugiu disso, não interessa. Qual a perspectiva da senhora para a educação inclusiva no Brasil? Emília Freitas: Dentro dos próximos anos não é muito animadora. Não estou vendo as políticas se conduzirem para uma direção que, em curto prazo, possamos ter alguma coisa se efetivando. Precisamos de mais líderes, inclusive políticos, brigando por esta causa. Lucien Luiz Emilia Freitas de Lima: professora-doutora pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
Termos reforçam preconceitos contra deficientes
Assessoria de Imprensa – 06/06/2007 Uma palavra pode ter inúmeros significados, o que sugere precisão no emprego de cada uma delas, seja na linguagem escrita ou na oral. Esse cuidado, no entanto, não é prioridade entre a sociedade brasileira, principalmente quando o assunto é deficiência. Os termos usados para denominar os deficientes, na maioria das vezes, são carregados de preconceito, reforçando as dificuldades de inclusão social que essas pessoas enfrentam no decorrer da vida. O assunto foi tema da palestra da pedagoga Jussara Gonçalves do Carmo Berno na noite da última terça-feira, durante a II Jornada Pedagógica da FAAG. “A sociedade ainda não aprendeu a conviver com as diferenças, por isso age com preconceito contra os deficientes. O uso de termos inapropriados, como mongolóide, por exemplo, ainda é muito presente”, comenta. A professora, que é especialista em educação especial, concedeu entrevista à assessoria de imprensa da FAAG. Confira alguns trechos. Quais são os termos mais preconceituosos contra o deficiente, usados atualmente? Jussara: Na área da excepcionalidade, o termo surdo-mudo é bastante preconceituoso. Ele sugere que a pessoa não tem possibilidade de comunicação, o que não é verdade. Usando apenas o termo surdo consigo indicar que a pessoa tem déficit na área auditiva e não consegue falar. Quem é surdo tem todas as possibilidades de desenvolvimento oral, mas isso não acontece por conta do bloqueio na área auditiva. Eu destacaria também os termos retardado e mongolóide, que são muito depreciativos. O correto seria síndrome de Down. Essa terminologia é constante no âmbito escolar? Jussara: Tanto no escolar quanto no social. A gente tem que aprender que as mudanças precisam acontecer não só dentro das escolas, mas a sociedade tem que saber como lidar com as pessoas com necessidades especiais. Falta informação ao professor sobre quais termos usar com os deficientes? Jussara: Falta. A faculdade não preparou adequadamente os docentes. Na realidade, os professores que vêm de um sistema educacional de até 13 anos atrás, saíram da faculdade sem saber nada da área de educação especial. Eles não tinham nenhuma matéria a respeito. O universitário de pedagogia concluía a faculdade com aptidão para trabalhar com o aluno sem nenhum tipo de deficiência ou necessidade especial. Educação inclusiva não entrava na grade curricular. Está entrando agora, mas ainda em poucas faculdades. Quais são os prejuízos dessa terminologia para os deficientes? Jussara: Elas são bastante preconceituosas e estigmatizantes. Quando ouvimos “vi um deficiente”, por uma pessoa que fala de uma forma diminuída, nos sentimos estimulados a continuar não acreditando na capacidade de desenvolvimento e aprendizagem deles. A sociedade ainda vê o deficiente de uma forma menor, sem grandes potencialidades. Porém, já existe a consciência de que são pessoas que têm um déficit em alguma área, porém com possibilidade de desenvolver outras habilidades. É o caso, por exemplo, da pessoa que tem deficiência auditiva. Ela compensa o problema na capacidade de concentração. Na sua opinião, a sociedade usa termos discriminatórios por não conhecer o real significado dessas palavras ou porque, de fato, têm a intenção de discriminar os deficientes? Jussara: A sociedade ainda discrimina porque ela está preparada para lidar com o belo, o perfeito e o inteiro. Qualquer pessoa que fuja do conceito tido como ideal pela mídia, como quem é gordinho ou baixinho, acaba sendo discriminada. Infelizmente, a sociedade ainda não aprendeu a conviver com as diferenças de cada um. A sra. acha que falta investimento na reciclagem de professores? Jussara: Dentro do âmbito estadual não. Hoje, o professor da rede pública do Estado é mais acomodado e não quer fazer cursos de reciclagem. No entanto, capacitação existe e as escolas estão sendo equipadas. Infelizmente, muitos profissionais não querem estudar. Qual a sua perspectiva para a educação inclusiva no Brasil? Jussara: A proposta de inclusão, segundo os estudiosos, vai durar 20 anos. E a gente tem uma ansiedade muito grande em fazer com que ela aconteça hoje. Muita gente diz que a inclusão não vai dar certo porque os professores e as escolas não estão preparados. Na realidade, ela é um processo, que está acontecendo. Estão surgindo novas técnicas de trabalho com os alunos com necessidades especiais e cada vez mais as pessoas estão sendo obrigadas a aprender. Lucien Luiz Jussara Berno: "A sociedade precisa aprender a viver com as diferenças"